quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Tríade Trágica Negativa e a Frustração da Vontade de Sentido

Em outra postagem, falamos sobre a tríade trágica positiva (aqui http://alogoterapiaeobvia.blogspot.com/2019/08/triade-tragica-positiva-e-otimismo.html) . Hoje conversaremos sobre a tríade trágica negativa.

Mas por que uma face positiva e uma negativa? 
A Tríade Trágica Positiva abre a possibilidade para o otimismo trágico, para a reafirmação do sentido da vida apesar do sofrimento, da culpa e da morte. Há a reafirmação do sentido da vida e do valor atitudinal.
A Tríade Trágica Negativa, por sua vez, é originada a partir da falta de sentido. As pessoas que se sentem frustradas em sua vontade de sentido tendem a um movimento centrífugo - de fuga de si mesmas, afastando-se do seu vazio interior. 
Esta tríade é formada pela adicção, depressão e agressão. 
1. Na adicção, a pessoa usa substâncias psicoativas e usualmente fica "fora da realidade" - o que Frankl (2012) chamava de "suicídio crônico", uma vez que a pessoa fica longe de si por longos períodos de tempo - submersa nas substâncias utilizadas. 
2. A depressão, que em muitos casos pode levar ao suicídio/ tentativas de suicídio. No entanto, é importante ressaltar que nem sempre a depressão é ocasionada por questões relacionadas à falta de sentido: há questões relacionadas à dimensão psicofísica também! ;)
3. A agressão, por sua vez, diz respeito à violência contra o outro - e contra si mesmo também. Nesse último caso, falamos em automutilação, um fenômeno cada vez mais comum em nossa atualidade.

Resultado de imagem para depressão, adição e agressão

Segundo Frankl (2012), muito mais importante do que perguntar o porquê de alguém usar drogas, ou tentar o suicídio, ou se utilizar de violência, é perguntar o quê mantém a pessoa longe dessa tríade. Isso, sim, precisa ser o nosso foco de atenção e de esforço, pois pode nos trazer indícios do que é sentido para aquela pessoa :)

Fonte:

Livro:
- Frankl, V. E. (2012). Logoterapia e Análise Existencial: textos de seis décadas. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

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