sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Autodistanciamento e Autotranscendência

Como já vimos em postagens anteriores,  o homem não é livre de suas contingências, mas é livre para posicionar-se diante delas, independentemente das condições que lhe sejam apresentadas. Esse posicionar-se, segundo Frankl (2011), pode ser descrito enquanto autodistanciamento e autotranscendência.
O autodistanciamento (Frankl, 2011) diz respeito à capacidade humana de distanciar-se de qualquer condição, ou de si mesmo, escolhendo uma atitude, posicionando-se.  Ela pode ser encontrada nas formas de heroísmo – como nos campos de concentração, ou em outras situações extremas – e humor.

Exemplo de heroísmo - autodistanciamento


O homem também é capaz de transcender a si mesmo tanto em direção a um outro ser, no amor,  quanto  em busca de um sentido, através do órgão do sentido, a consciência (Fizzoti, 1996; Frankl, 2011). Frankl denominou esse fenômeno de autotranscendência. O amor é a capacidade de transcender a si mesmo, indo apreender o outro em sua genuína singularidade; a consciência, por sua vez, é a capacidade de transcender a si, buscando apreender o sentido em uma situação singular.

Amor e consciência - autotranscendência


Referências
Imagens:

Livros:
- Fizzotti, E. (1996). Conquista da liberdade: Proposta da Logoterapia de Viktor Frankl. São Paulo: Paulinas.
- Frankl, V.E. (2011). A vontade de sentido: fundamentos e aplicações da Logoterapia. São Paulo: Paulus.


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