Viktor Emil Frankl nasceu em 1905, em Viena. O seu interesse por questões relacionadas ao sentido da vida apareceu ainda em meio ao seu percurso acadêmico - um exemplo disso foi o episódio no qual, em meio a uma aula, em resposta ao argumento de seu professor de que a vida não passaria de um processo de "oxidação e combustão", Frankl se levanta e pergunta: "então professor, qual é o sentido da vida?".
É importante contextualizar o ambiente de crescimento de Frankl: a Viena do início do século XX fervilhava de conhecimentos - em especial relacionados à psicanálise, que estava em seu auge com as descobertas de Sigmund Freud. Não demorou para que ambos iniciassem uma rica correspondência - inclusive, por influência deste, Frankl publicou seu primeiro artigo em 1924, na “International Journal of Individual Psychology”. Frankl também chegou a trocar correspondências com Adler - sendo essas, além dos seus estudos em outros campos, como o Behaviorismo, por exemplo, os alicerces para a criação da Logoterapia e Análise Existencial.
Em 1928, aos 23 anos, Frankl organizou e ofereceu um programa especial, e gratuito, para aconselhamento de alunos do ensino médio. Com o apoio de psicólogos, ele formou uma equipe que agia justamente no momento de grande fragilidade de qualquer aluno: a época da entrega dos boletins. O programa deu muito certo. Em 1931 nenhum estudante vienense cometeu suicídio.
Entre 1933 e 37, Frankl completou suas residências em Neurologia e Psiquiatria, tornando-se responsável pela ala do hospital psiquiátrico chamada de “pavilhão do suicídio”. Lá, atendeu mais de 3 mil mulheres com ideação suicida.
Em 1941, casou-se com a enfermeira Tilly Grosser, enfermeira do hospital onde Frankl trabalhava.
Nesse período, em meio à segunda Guerra Mundial, Frankl e sua família (todos judeus) foram transferidos para os campos de concentração nazistas - nos quais ele perderia quase toda a sua família (menos sua irmã, que havia fugido para a Áustria), incluindo a sua então esposa, Tilly.
Muitas pessoas citam a experiência dos campos de concentração como o que motivou Frankl a produzir a Logoterapia, contudo não foi bem assim. A logoterapia já vinha sendo produzida anteriormente; a experiência nos campos de concentração foi importante para que ele pudesse, então, pôr a prova a sua teoria então criada.
Após a término da Segunda Guerra Mundial - e a sua consequente libertação, Frankl reiniciou o seu percurso acadêmico com o livro "Em Busca de Sentido: Um psicólogo nos Campos de Concentração", no qual narra a sua experiência nos campos de concentração. Além disso, casou-se com Eleonore Katharina.
Após a término da Segunda Guerra Mundial - e a sua consequente libertação, Frankl reiniciou o seu percurso acadêmico com o livro "Em Busca de Sentido: Um psicólogo nos Campos de Concentração", no qual narra a sua experiência nos campos de concentração. Além disso, casou-se com Eleonore Katharina.
Escreveu cerca de 30 livros, traduzidos em mais de 28
línguas (inclusive inglês, espanhol, japonês, chinês e russo).
Atualmente existem institutos de Logoterapia na Argentina,
Austrália, Áustria, Canadá, entre outros. Aqui no Brasil temos a ABLAE (Associação
Brasileira de Logoterapia e Análise Existencial), a SOBRAL (Associação
Brasileira de Logoterapia e Análise Existencial Frankliana), além do Instituto
Geist (aqui em São Luís, Maranhão).
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