A Logoterapia é conhecida como a terapia do logos, ou a terapia
centrada no sentido, uma vez que concebe que o homem dirige a sua vida a
partir do sentido, havendo a possibilidade de adoecimento psíquico se a sua
vontade de sentido for frustrada (Lukas, 1989). Foi criada pelo psiquiatra
austríaco Viktor Frankl, que viveu de 1905 a 1997.
A antropologia psicoterapêutica que a embasa é a
Análise Existencial proposta por Frankl. Esta é concebida também como uma
corrente de pesquisa e uma explicação da existência (Frankl, 2012). O termo Logoterapia
e Análise Existencial tem sido utilizado para se referir a essa abordagem
psicoterápica e todo o cabedal de concepções filosóficas, antropológicas e
psicológicas que a fundamentam, possibilitando sua aplicação para além da
esfera da psicoterapia.
O que seria o sentido para a Logoterapia? Segundo Frankl (1989), o sentido diz respeito a uma
resposta única – dentre inúmeras possibilidades – proferida em uma situação
também única, que é experienciada na concretude da existência única de cada
indivíduo. O sentido é fundamental ao ser humano, pois através da realização do
sentido os indivíduos passam a compreender a sua existência como justificada,
como uma missão pessoal e inalienável (Fizzotti, 1996).
A logoterapia traz também a noção de liberdade e responsabilidade. A liberdade do homem é essencialmente para algo, pois
o homem não é livre de pulsões, condicionamentos, herança genética,
mundo circundante, mas é livre para escolher e se posicionar perante o
mundo circundante.
É importante ressaltar que a liberdade se encontra
associada à responsabilidade. O homem, dentro do seu espaço de vida, é
insubstituível; nesse sentido emerge o caráter de responsabilidade associado à
configuração da vida de cada um, em seu caráter de irrepetibilidade e
unicidade. Assim, cada escolha – exercendo o caráter de liberdade da vontade –
é permeada pela responsabilidade associada à ação ou à posição assumida.
Referências:
Fizzotti, E. (1996). Conquista da
liberdade: Proposta da Logoterapia de Viktor Frankl. São Paulo: Paulinas.
Frankl, V.E. (1989). Um sentido
para a vida: psicoterapia e humanismo. São Paulo: Santuário.
Frankl, V.E. (2012). Logoterapia e
análise existencial: textos de seis décadas. Rio de Janeiro: Forense
Universitária.
Lukas, E. (1989). Logoterapia:
a força desafiadora do espírito. Métodos de Logoterapia. Santos, SP:
Leopoldianum, Loyola.
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