quarta-feira, 13 de novembro de 2019

#LogoterapiaeFilmes4: Procurando Dory e a Vontade de Sentido

"Olá! Meu nome é Dory e eu sofro de perda de memória recente"


Na primeira vez em que eu assisti ao filme "Procurando Dory", eu simplesmente não consegui conter as ligações que meu cérebro começou a fazer entre o filme e a Logoterapia - e, por isso, fiz inclusive um evento "A Logoterapia é Óbvia" apenas para discutir as questões relacionadas entre os dois assuntos!


A história relatada em “Procurando Dory” acontece exatamente um ano depois dos eventos relatados em “Procurando Nemo”. Nesse sentido, o filme é organizado em flashes – que contam a história da personagem principal (ao mesmo tempo em que esta recebe as pistas sobre seu passado). 


Dory recebeu um diagnóstico devido à sintomatologia de perda de memória recente - tanto que ela é conhecida por esquecer as informações que lhe eram passadas. O diagnóstico não é dito ao longo do filme, mas é perceptível que as pessoas que conheciam a Dory temiam pela decisão dela de procurar os pais - o que, diga-se de passagem, ela consegue! 

“O homem não é livre de suas contingências, 
mas é livre para se posicionar perante elas”.
(Viktor Frankl)

Entre várias questões observadas no filme, eu escolhi, neste texto, focar especificamente em uma: a vontade de sentido, elemento que amarra todas as histórias transversais que aparecem no filme. 
Segundo Frankl (2011, p.50), a vontade de sentido “pode ser definido como o esforço mais básico do homem na direção de encontrar e realizar sentidos e propósitos" - isto é, é a capacidade unicamente humana de encontrar e realizar apesar das contingências e dos condicionantes aos quais estamos todos submetidos. 


Como a vontade de sentido pode ser observada no filme? Bom, como já relatado anteriormente, a Dory consegue encontrar os seus pais. Apesar de toda a descrença ao seu redor, apesar das dificuldades encontradas, apesar de todas as contingências e condicionamentos, a Dory consegue encontrar seus pais - e, no caminho, ainda auxilia diversos outros personagens a reencontrarem os sentidos das suas vidas. Ou seja: haja vontade de sentido, valores atitudinais e, como consequência, valores criativos e vivenciais ;)



“O que importa, logo, não são os condicionantes psicológicos, ou os instintos por si mesmos, mas, sim, a atitude que tomamos diante deles. É a capacidade de posicionar-se dessa maneira que faz de nós seres humanos”
(Viktor Frankl)


Referências
- Frankl, V. E. (1985). Em busca de sentido. Petrópolis, RJ: Vozes.
- Frankl, V.E. (2011). A vontade de sentido: fundamentos e aplicações da Logoterapia. São Paulo: Paulus.

Imagens: